O Mestre de música, em uma das suas belas composições, põe-se a pensar. Ele já escreveu toda a letra, toda a poesia. E já tem em sua mente linda e nova melodia. Agora é a escolha de qual instrumento a tocar.
O cravo, com jeito de flor... O Mestre entorta os saltadores.
A clarineta, clara como ela só... O Mestre torce a campana.
A harpa, arpejando acordes... O Mestre rompe as cordas.
O piano, suavizando sons... O Mestre quebra as teclas.
E tocou, tocou, tocou.
Mas nenhum dos instrumentos continuou a melodia debilitado.
E pensou. Escolheu. Decidiu.
Chamou o homem. Deu-lhe uma bela voz e um câncer.
E gostou. Porque o homem foi o único que conseguiu cantar em meio à dor.
E amou o homem, porque sempre o amara.
O Mestre da música é o Maestro do amor.
E a melodia aconteceu, como nunca aconteceria em meio à festa.
Porque é rara a beleza da canção do sofrimento.
E o Maestro a procura em nós.
Alguém quer cantar para Ele?
E cantar em meio a dor, é cantar de verdade! ;D
ResponderExcluirEh claro que agora que estou descobrindo o trabalho literario da sobrinha mais linda que tenho, estou tambem descobrindo a musica certa pra acompanhar a leitura. Para "Dor e Melodia," recomendo "Adagio para Cordas" do mestre Samuel Barber.
ResponderExcluirNo YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=1dPDO3Tfab0
A combinacao perfeita: "Adagio para Cordas," "Dor e Melodia," Samuel Barber e Mila Suzano.
Tudo de bom!!!
Te amo,
Tio
Adelita, cantar em meio à dor é um vibrante desafio musical. Obrigada pela visita, querida!
ResponderExcluirAmado tio Armenio, muito obrigada pela honra de chamar meu trabalho de literário, pela perfeita trilha sonora e por me pôr ao lado de Samuel Barber. Agradeço especialmente por sua visita e atenção. Amo você.
Olha como Deus exaltou esta frase, através de você!Você é uma benção.
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