quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Já vivi...


  
Já vivi coisas boas.
Já vivi coisas ruins.
Já vivi lágrimas como rios de tristeza.
Já vivi lágrimas como torrentes incontroláveis de riso.
Já vivi sonhos que não sonhei.
Já vivi pesadelos que não imaginei.
Já vivi fotos que não tirei.
Já vivi horizontes que ninguém fotografou.
Já vivi personagens que sofreram.
Já vivi personagens que superaram a dor.
Já vivi horas com intensidade.
Já vivi horas de tédio.
Já vivi momentos que pensei que nunca enfrentaria.
Já vivi amizades que pensei que nunca conseguiria.
Já vivi superações que pensava ser impossíveis.
Já vivi recuperações de doenças que pensei ser incuráveis.
Já vivi canções belas de se dançar.
Já vivi canções que não queria ouvir.
Já vivi vitórias.
Já vivi derrotas.
Já vivi as dores de um prêmio de consolação.
Já vivi a tristeza de pagar pelos erros.
Já vivi a emoção do resultado de acertar.
Já vivi o amor.
Já vivi o desprezo.
Já vivi o descaso de quem pensei poder confiar.
Já vivi loucuras.
Já vivi sanidades.
Já vivi desvarios para depois elucidar.
Já vivi encontros.
Já vivi desencontros.
Já vivi desafetos.
Já vivi embaraços.
Já vivi glórias.
Já vivi de tudo um pouco.
Já vivi tudo de mim.
Já vivi pouco de mim.
Já vivi coisa bonita de se viver.
Já vivi coisa feia de se fazer.
Já vivi o que se há de viver.
Já vivi o não saber.

Mas o melhor de tudo que vivi não foi o momento mais feliz, o sorriso mais bonito, a foto mais engraçada ou o abraço mais gostoso.

Foi a surpresa.

O melhor de se viver é não saber o que há de vir.

E a vida é assim, igual ao vento: não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai.
Mas sabe-se que, com a companhia do Poeta, nunca será importante o lugar onde estamos ou o que vamos viver.
 
Com Ele, a vida sempre vale a pena viver.

...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Soneto para o Caminho



Quero sempre andar com meu amado
Caminhar toda minha vida ao seu lado
Mesmo que meus sonhos pareçam longe
A minha alma nos seus olhos se esconde

Se venho triste dessa vida e fatigada
Fatigado e triste após mim vem meu sonho
E quando a força do meu braço vira nada 
No meu Amado as esperanças ponho

A caminhada é triste, rosa, cinza e alegre
Todos os elementos ela, embora, integre
É constante, reta, bela em sua totalidade

E reto é quem caminha reto nesta reta trilha
Pois não há como Pai certo ter incerta filha
E retos andamos eu e Ele para a eternidade